Cuidemos das Nossas Crianças
Na semana após o Dia Internacional da Criança e ainda aproveitando o impacto que teve na população o programa Linha da fente, transmitido no passado dia 23 de Maio, na RTP1, venho aqui deixar algumas considerações sobre a alimentação das nossas crianças.
Pois bem! Longe vai o tempo em que a informação e o esclarecimento eram apanágio de grupos populacionais privilegiados, com acesso a livros, jornais, rádio e tv, assim como cultura e educação escolar.
Hoje em dia, a Internet e o dr. Google tornaram a informação acessível a quase toda a gente, assim como a melhoria das condições de vida da população, em geral, tornou fácil o acesso á educaçao, a livros e a todos os meios de comunicação conhecidos.
O nosso SNS, apesar de todas as críticas, mau funcionamento e falhas, dispõe de profissionais de sáude que podem sempre esclarecer dúvidas e responder a questões relacionadas com alimentação infantil.
A medicina avançou, em passos de gigante, nos conhecimentos e difusão das mais variadas investigações acerca da saúde e da alimentação e nutrição.
Esta introdução tem o propósito de manifestar o meu espanto com a (ainda) deficiência e insuficiência nutricional que algumas das nossas crianças sofrem, nas grandes cidades do nosso (civilizado) país
Há dias vi uma mãe, na pastelaria onde costumo tomar o meu café a meio da manhã, sentada numa mesa perto, com duas crianças. Uma teria cerca de três anos e outra talvez não tivesse ainda um ano. Mesmo sabendo que cada um faz da sua vida o que quer e educa os seus filhos como quer, fiquei triste quando olhei para as duas crianças (uma menina e um rapazinho) e vi que a menina comia, deliciada, um ovo de chocolate enquanto brincava com o brinde e o bebé, no carrinho, ia comendo colherzinhas de pastel de nata que a mãe lhe ia dando uma atrás da outra. Fiquei triste…
Hoje em dia há estudos científicos que demonstram os malefícios do açúcar, do sal, dos doces e alimentos processados, assim como dos fritos e tantos outros. Os pais são os principais responsáveis pelo bem estar dos filhos e o exercício dessa responsabilidade começa ainda antes da gestação e continua com a nascença do bebé, com a opção da mãe amamentar ou não e o dever de se manterem informados e pedirem ajuda e conselho, junto dos centros de saúde, médicos e outros profissionais, acerca da correcta alimentação dos petizes. E ainda há toda a informação disponibilizada na Internet, em sites credíveis e de cariz informativo e formativo, onde é possível aprender um pouco sobre nutrição infantil.
Oferecer a crianças pequenas alimentos que em nada contribuem para a sua nutrição, ricos em açúcar, corantes e processados industrialmente é um dos passos gigantescos para que essas crianças se tornem adultos obesos, com elevado risco de virem a contrair doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, etc.
É em cada um de nós, pais, avós, tios, amigos dos pais, população em geral, em família e com consciência de nos mantermos sempre informados e atentos à saúde presente e futura dos nossos descendentes , que as mentalidades podem mudar com o objetivo de cuidarmos da nossa saúde e da saúde no nosso planeta.
Ao longo da semana irei deixar aqui dicas, receitas e conselhos sobre alimentação infantil. Fiquem atentos e façam do Dia Internacional da Criança um dia para reflexão acerca do que querem realmente para as vossas crianças: adultos saudáveis e felizes e conscientes da importância de uma boa e correcta alimentação ou adultos doentes e deprimidos, consumindo alimentos prejudiciais para o corpo e para a alma?
Um abraço da Tia Céu